Um passeio por Rio Grande, RS.

Luca em Rio Grande

Estou com minha filha Luca, nos visitando aqui no Rio Grande do Sul, assim, minhas rotinas mudaram um pouco. Todo o tempo livre passo com ela, que vem pela primeira vez para o extremo sul do Brasil.

No jardim de casa

Pausa no cooper

Luca na rua João Anunziato

Cooper no bairro

O bairro onde moramos, Parque Residencial Jardim do Sol pertence, em sua grande parte à Marinha do Brasil. Ruas largas, jardins bem cuidados, calçadas arborizadas. Lugar perfeito para se fazer o Cooper matinal. Eu amo este lugar!

Molhes na Praia do Cassino

A Praia do Cassino, a maior praia do mundo, que termina no Chuí, tem os molhes que adentram pelo mar, separando a água da Lagoa dos Peixes, das águas do Oceano. Passeio turístico obrigatório, nas vagonetas que fazem o percurso de 4 km empurradas nos trilhos pelo vento.

Vagonetas Molhes da Barra do Rio Grande-RS

A mãe e a filha da mãe nas vagonetas

Lud e Luca

Molhes do Cassino

Tanto céu, tanto mar...

Praia do Cassino

Plantação de arroz a caminho do Jaguarão

A caminho do Jaguarão, fronteira com Rio Branco, no Uruguai, e zona de comércio livre, paramos para ver a beleza da paisagem rural, dos campos de arroz, que aqui predominam.

Plantação de arroz a caminhop do Jaguarão

A parada para almoço no Iacht Clube de Rio Grande é uma excelente opção. O restaurante Feito a Bordo oferece um variado buffet self service, e a vista para a Lagoa dos Patos é um espetáculo à parte. Somos clientes assíduos e recomendamos!

Yacht Clube

Yacht Clube

Yacht3

Depois, o passeio obrigatório para conhecer o Museu Oceanográfico de Rio Grande, que tem em seu interior também o Museu Antártico.

Museu Oceanográfico

Museu OIceanográfico 3

Museu Oceanográfico 2

Interior-del-Museo-Oceanograficouno-de-los-sectores

Luca no Museu Antártico

Museu Antártico

Yacht Clube 2

    

    Festa de Iemanjá na Praia do Cassino Rio Grande

    Hoje, 2 de fevereiro, comemora-se em todo o Brasil o Dia de Iemanjá, a Rainha do Mar. Em Rio Grande,a festa em sua homenagem entra pela noite adentro e reúne milhares de pessoas que deixam suas oferendas junto ao seu monumento na Praia do Cassino.

    Iemanjá, a mãe poderosa

    Trazida ao Brasil pelos povos de origem ioruba, desde que assumiu o reino das águas salgadas começou a ser cultuada pelos pescadores como sua padroeira. Ao mesmo tempo, quanto mais o seu papel de mãe se fortaleceu, maior foi a aproximação com a mãe dos católicos, Nossa Senhora, com a qual é sincretizada.

    Iemanjá está associada aos rios e suas desembocaduras, à fertilidade das mulheres, à maternidade e principalmente ao processo de criação do mundo e da continuidade da vida. Seu culto original a associa ao plantio e colheita dos inhames e coleta dos peixes, donde seu nome Yemojá (Yeye Omo Ejá), Mãe dos filhos peixes, divindade regente da pesca.

    No Brasil, conforme historiadores, o culto as divindades-mães teria chegado aqui por intermédio de Iemanjá. Outros orixás-mães são aqui cultuados com ela, como: Oxum e Nanã Burucu. Iemanjá, Oxum e Nanã aqui tiveram uma profunda inter-relação mítica com as sereias do paganismo europeu, com as diferentes denominações de Nossa Senhora e com as iaras ameríndias, as mães-d’água, chamada de Iara. O culto hidrolátrico das divindades africanas em solo brasileiro prescindiu de modificações substanciais já que, distanciando da terra-mãe, perderia seu significado caso não encontrasse um terreno favorável à sua constituição.

    O culto de Iemanjá realizado à beira do rio Ogum em Abeocutá na África, transferiu-se no Brasil para o mar. No continente de origem, o mar era o reino mítico de Olocum, literalmente o Dono ou a Dona do Mar, divindade considerada pai ou mãe de Iemanjá. Os orixás que na África estavam associados a um acidente geográfico específico, especialmente aos rios, perderam no Brasil tal associação e tiveram o culto generalizado, Iemanjá perdeu o rio Ogum e ganhou o mar. A nova geografia reorganizou o panteão; a nova cultura rearranjou os patronatos.

    Quanto mais o papel de Iemanjá como mãe se fortaleceu, mais foi se aproximando da mãe dos católicos, Nossa Senhora, com a qual é sincretizada nas diversas regiões do Brasil. Tanto é assim que suas festas mais importantes são comemoradas de acordo com o calendário católico. O culto sincrético de Iemanjá ocorre principalmente em datas festivas das Nossas Senhoras católicas mais populares em cada região, aquelas que têm nas diversas cidades o maior número de devotos, como Nossa Senhora das Candeias em Salvador, Nossa Senhora do Carmo em Recife, Nossa Senhora da Conceição em São Paulo.
    Outras formas de contato com a Rainha do Mar, a julgar pela crescente presença da população nas festas celebradas nas praias brasileiras – se não for fé, pelo menos pela emoção da participação coletiva – tornam possível declarar Iemanjá como o orixá mais popular do Brasil, visto pelo povo do candomblé, pelo povo da umbanda ou ainda pela sociedade como um todo.

    texto de Armando Vallado
    doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo e autor do livro Iemanjá a grande mãe africana do Brasil, ed. Pallas, 2002.

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