Esses livros dentro da gente



(imagens Internet)

Al Berto, no décimo quarto ano da morte do poeta

Al Berto, pseudônimo de Alberto Raposo Pidwell Tavares, um dos nomes mais significativos da literatura portuguesa contemporânea, nasceu em Coimbra em 1948, passou a adolescência em Sines e exilou-se em Bruxelas até Novembro de 1974. Morreu em Lisboa, em 13 de junho de 1997, há exatos quatorze anos. O primeiro contato que tive com sua obra, foi através do livro À Procura do Vento num Jardim d’Agosto, em 2004, quando morei algum tempo com meu filho na Inglaterra, e “esbarrei” nesse livro em casa de uma amiga portuguesa, que também fazia doutorado em Southampton. Não consegui abandoná-lo enquanto não cheguei à última página. Eu o li e reli, sentada num dos bancos dos intermináveis e gigantescos parques que recortam a cidade, nas manhãs gélidas de inverno, aquecendo o corpo ao sol, e a alma pela escrita instigante do poeta. Foi um livro inspirador e revelador, que, com muita relutância devolvi à proprietária, que também o amava, com a absoluta certeza de que o compraria tão logo voltasse ao Brasil. Ledo engano! Por aqui, só com muita sorte e persistência, garimpando em sebos, foi que encontrei, ano passado, o volume O Medo, da Editora portuguesa Assírio & Alvim. Ele reúne os 15 livros com toda a obra do poeta. Al Berto escreve de uma forma muito peculiar. Sua linguagem e sempre inspiradora, vigorosa, intimista, cruel, às vezes. Ele utiliza a linguagem poética discorrida em prosa, como poucos. Transcrevo-lhes alguns pequenos trechos, para que se deliciem com a leitura e, quem ainda não o conhece, que se torne seu fã incondicional, como eu, que o tenho sempre à cabeceira. (Ludmila Saharovsky)

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