A pedra e o lago


Neste domingo, 18 de julho, às 20hs no Teatro do Trianon, mais uma apresentação de meu monólogo “A Pedra e o Lago”, com Marilda Carvalho e Cristiane Azevedo. Direção de Paulo Carvalho. Entrada franca, dentro do projeto Educa Mais, da Prefeitura Municipal de Jacareí. Ficaremos felizes com sua presença.
(Fragmento do monólogo)
Fogo lento essa tua ausência.Veneno a corroer-me o sangue, pouco a pouco.
Em vão suplico às moiras que tecem meu destino: “Cortem esse fio!” Eu sei que outros fios substituirão o que se romper pois tenho em mim a certeza de que sou a própria tessitura.Tudo o que é, sempre foi, sempre será! Compreendi a dor que carrega em si a eternidade e nela eu me devasto, incapaz de aceitar tua partida .
Fecho os olhos para ouvir, mais uma vez, o latejar de tua voz dentro de mim.
Ah! Teu nome provoca tantos estremecimentos. E este frio… Um frio, da tua ausência, como o da morte!
(solo de violoncelo)
A morte é um profundo silêncio. Sem ecos. Sem ritmos. Sem vertigens.
A morte reflete o vazio em mim, sem a benção da aragem, do orvalho. Sem a benção, sequer, do esquecimento!
A morte…Essa matéria vazia pastando na memória…
Ela, que abole o gesto, que expulsa a cor, que desbota a alegria…
Ela que desfaz o verbo, que anula o riso…
Ela que detém o sol, afugenta a lua, apaga o fogo…
Ela que tira de mim a máscara da vida!
(Ludmila Saharovsky)

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