Nero de Deus – A performance do talento


O nome do artista é Nero. Nero de Deus, mas, na minha opinião, deveria ser Nero da Deusa,tal é a sua identificação com o feminino – sagrado e profano. Suas madonas gordas, cheias de carnes, com seios e nádegas volumosas nos remetem à próproa Vênus Hotentote cultuada na África ancestral: Mãe Terra. Mãe Água. Geradora de toda a vida. A força de suas esculturas prossegue com a mesma intensidade nos desenhos que ele expõe sempre de maneira performática. Os tambores físicos não estão presentes, mas seu batuque preenche a sala. Estão ouvindo? Ouvem o barulho das cachoeiras? O alarido dos pássaros? As setas sulcando o ar? O sangue do artista que escorre de sua mão pregada sobre a tela, ao lado do Crucificado (sem mãos) é o mesmo que se transforma em terra, areia, musgo, pedra, bandeirolas ao vento, delicadas cortinas de missangas que viram rosas e pássaros e andorinhas e mariposas em busca da luz. Nero, como elas, também busca a luz. A luz interna que se reflete em suas telas e ilumina seu trabalho.
Salve Nero de Deus, Nero da Deusa! Salve seu talento!
(Ludmila Saharovsky para a apresentação do artista)

Nero inaugura hoje (22 de maio de 2010) sua Exposição no primeiro andar do Museu de Antropologia (MAV) de Jacareí, a partir das 20hs. Não percam!

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